FALANDO DE
FRANQUIAS

Gestão

9 dicas para organizar as finanças do seu negócio

Ter o próprio negócio é o sonho de muitos, mas será que todos estão preparados para cuidar do próprio negócio?

Quanto você fatura no mês? Quais seus custos em um mês? Qual o seu ticket médio?  Você vende pelo preço certo? Você sabe quanto irá gastar nos próximos meses?

Aqui você encontrará a resposta para estas perguntas e como poderá organizar melhor as finanças do seu negócio. A Focus Franquias mantêm o posicionamento de ajudar as empresas não apenas a desenvolverem a sua rede de franquias, mas de se preparar para este momento.

1 – Organização é o primeiro passo

Você ainda está escrevendo no seu caderninho todas as entradas e saídas do seu negócio? A tecnologia veio para ficar, e não é nossa inimiga.

Planilhas e/ou sistemas de gestão são essenciais para poder organizar as finanças do seu negócio. Excel e planilhas do google são as mais conhecidas e fáceis de usar.

Defina suas despesas, suas dívidas, as entradas, os impostos, os salários, e defina as datas específicas de cada transação. É muito importante que você saiba quais pagamentos deverá efetuar num certo mês ou uma certa data com antecedência.

2 – Save the date

Reserve uma data e horário para fazer o controle das entradas e saídas. O ideal seria se você pudesse fazer isso diariamente, para evitar esquecer um pagamento específico ou uma entrada que não foi registrada.

Mas nem sempre isso é possível, portanto, marque uma data e um horário semanal para poder organizar, rever e, se necessário, questionar os valores. Use agendas para essa organização e não deixe para depois. Disciplina e comprometimento com o financeiro é essencial para fazer o seu negócio crescer.

3 – Já pensou como vai ser o próximo mês?

Com as entradas e saídas tabeladas em uma planilha ou sistema, você provavelmente conseguirá a resposta para o próximo mês, mas e para os próximos dois meses? Ou para os próximos três meses? Faça essas perguntas a si mesmo e busque pelas respostas.

Esse é o objetivo dos orçamentos, entender quanto você vai gastar e receber com base em previsões. Calcule a média de gastos do mês e a média de recebimentos do mês e lance para os próximos meses, é um bom começo para estimar o comportamento das suas finanças.

4 – Já ouviu falar em Ticket Médio?

Calcular a média de recebimentos por mês é um bom começo para o seu orçamento, mas temos como aprimorar este cálculo, principalmente para franquias.

Suponha que você venda mais do que o comum no Natal, ou que você venda menos que o comum em Janeiro. Esses cenários são comuns em alguns setores, por isso é importante saber o quanto você recebe por produto vendido.

Imagine que num certo mês você venda R$ 20.000,00, e você também sabe que neste mês você vendeu 400 produtos, então o seu ticket médio neste mês foi de R$ 50,00. Ou seja, em média, cada venda faturou R$ 50,00.

Com essa informação é possível rever quanto você pode vender em um certo período do ano. Continuando com este exemplo, você se preparou para vender 700 produtos em Dezembro devido ao Natal, e sabe que em Janeiro você venderá no máximo 300 produtos, então poderá lançar no seu orçamento que em Dezembro receberá R$ 35.000,00 (700 multiplicado pelo seu ticket médio de R$ 50,00) e em Janeiro receberá R$ 15.000,00.

E não esqueça de sempre manter atualizado o seu ticket médio, já que ele provavelmente pode alterar com o passar do tempo.

5 – Despesas para todos os lados.

Assim como é importante saber quanto irá receber, é muito importante saber quanto irá gastar. Antes de orçar as suas despesas, categorize elas.

Primeiro defina o que são as despesas fixas do seu negócio, ou seja, aquelas despesas que se repetem em um certo período e você não tem como escapar. Exemplo: água, luz, telefone, aluguel, etc.

Agora defina o que são as despesas variáveis do seu negócio, ou seja, as despesas que não possuem um período específico para acontecer e você tem maior poder de alterá-las. Exemplo: gastos em mercado, gasolina, almoços, eventos, investimentos, etc. Importante: só porque uma despesa aparece todo mês não significa que ela seja uma despesa fixa, como é o caso da gasolina, pois há alternativas e modos de diminuir ou aumentar os gastos com ela.

Após isso, defina o que são despesas com pessoas, ou seja, todos os gastos relacionados com as pessoas que trabalham com você. Exemplo: salários, comissões, vale transporte, vale refeição, plano de saúde, etc.

E por último defina o que são despesas com impostos e encargos trabalhistas. Exemplo: IPTU, IPVA, GPS, INSS, FGTS, etc.

Agora que já foi definido todas as categorias de suas despesas ficará mais fácil orçá-las, visto que os gastos com pessoas, despesas fixas e impostos geralmente serão parecidos de um mês para o outro, e ficaria o desafio de prever os gastos com despesas variáveis, já que muitas vezes podem ter grandes diferenças de um mês para o outro.

6 – Quem gastou o quê?

Todas as despesas tem uma origem, ou seja, uma área a qual ela foi direcionada, um motivo para o qual ela foi gasta. Assim definimos para qual área é direcionada uma despesa.

Por exemplo, se em um mês foi gasto R$ 500,00 em gasolina, e sabemos que isso foi para idas ao banco, idas ao mercado e reuniões de marketing, devemos desmembrar essa despesa em três despesas diferentes.

Então seriam R$ 200,00 em reuniões de marketing onde o centro de custo seria a área de marketing, R$ 100,00 em idas ao banco onde o centro de custo seria a área do financeiro, e R$ 200,00 em idas ao mercado onde o centro de custo seria do da empresa como um todo, visto que as compras em mercado seria de benefício a toda empresa.

Com essa informações para todas as despesas podemos entender melhor o quanto cada área está gerando de gastos, assim facilitando a tomada de decisões para cortes de gastos ou investimentos.

7 – Estou vendendo pelo preço certo?

Já ouviu falar em CMV? Ou em CSP? Não se assuste que esta pergunta é respondida por um cálculo extremamente simples e extremamente importante.

O Custo de Mercadoria Vendida (CMV) e o Custo de Serviço Prestado (CPS) é utilizado para quantificar os gastos que um produto/serviço está gerando.

Imagine que um de seus produtos seja um sanduíche de presunto e queijo, e para fazê-lo é necessário gastar R$ 0,50 em um pão, R$ 0,50 em um presunto e R$ 0,75 em um queijo, então o CMV de um sanduíche de presunto e queijo é de R$ 1,75.

Agora imagine que tenhamos R$ 500,00 em pão, R$ 300,00 em queijo e R$ 200,00 em presunto (Estoque Inicial), e precisamos comprar mais R$ 50,00 em pão, R$ 20,00 em queijo e R$ 70,00 em presunto (Compras) e ao final de 30 dias estamos com R$ 100,00 em pão, R$ 80,00 em queijo e R$ 50,00 em presunto (Estoque Final), então o CMV do sanduíche de presunto e queijo neste mês foi de R$ 910,00 (Estoque Inicial + Compras – Estoque Final).

E se neste mês específico foram vendidos 520 sanduíches podemos descobrir o CMV por um sanduíche (neste caso 910/520 = R$ 1,75).

O CSP funciona com a mesma lógica, porém não está sendo vendido um produto e sim um serviço, e neste caso é necessário quantificar o quanto será gasto para a prestação do serviço.

Imagine que um eletricista irá efetuar um serviço e irá precisar de R$ 30,00 em material e R$ 10,00 em gasolina, logo o seu CSP é de R$ 40,00, visto que a hora cobrada por este eletricista será o lucro do serviço.

Porém se uma empresa de elétrica contrata um eletricista para a prestação de serviço em um cliente, e for gasto R$ 30,00 em material, R$ 10,00 em gasolina e 2 horas de serviço, sendo que a empresa paga R$ 50,00 a hora para o eletricista, então o CSP neste caso é de R$ 140,00.

Com isso é possível precificar melhor o que está sendo vendido e ajudar na criação de novos produtos e, ou, serviços.

8 – Tive prejuízo, e agora?

Acabou o mês e você gastou mais do que vendeu? Calma, isso não é o fim do mundo. Na verdade é algo bem comum.

Existem milhares de situações que podem mexer com as vendas do seu negócio. Crises, situações políticas, falta de demanda, e muitas outras situações são muito comuns no mundo dos negócios, até mesmo em franquias.

Ter prejuízo em um mês significa somente que naquele mês não houve muita venda, ou que houveram gastos demais. Orçamentos servem exatamente para isso, para prever meses de prejuízo, e deixar você preparado para isso.

É de extrema importância sempre manter dinheiro em caixa, pois assim você não precisará retirar dinheiro de outros lugares para conseguir reverter esta situação. Prejuízo não destrói uma empresa, mas falta de dinheiro sim.

Por isso, para desenvolver um negócio sólido é necessário uma boa gestão financeira com orçamentos continuamente atualizados, assim nunca haverá sustos.

9 – Poupe, mas gaste!

Encha o porquinho de moedas o tempo todo, guarde tudo, e sempre que possível quebre o porquinho e gaste o dinheiro.

Uma boa gestão financeira é aquela que poupa, mas não deixa de gastar. Compre somente o necessário e saiba gastar o seu dinheiro. Invista quando necessário, mas saiba quando deixar de investir.

Pense no futuro do seu negócio antes de tomar qualquer decisão, e entenda quais as consequências. Dinheiro só gera dinheiro quando for bem gasto.

Tá, mas e agora?

Agora você tem tem uma boa base para melhorar a organização das suas finanças, basta aplicar. Use e abuse de orçamentos e se necessário faça mais de um. Entenda melhor como funciona o seu processo de vendas e busque sempre melhorá-las. Disciplina e comprometimento com a gestão financeira é um dos principais pilares para um negócio de sucesso.

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